Mortalidade por COVID-19 no Estado de São Paulo durante a pandemia
DOI:
https://doi.org/10.21728/asklepion.2025v4n2e-122Palavras-chave:
pandemia de COVID-19, mortalidade específica por idade e sexo, regionalização da saúde, carga da COVID-19Resumo
Trata-se de estudo exploratório que utilizou dados de mortalidade, divididos pela causa (Covid-19 e pelas demais causas), de residentes do Estado de São Paulo, no período de vigência da pandemia. A epidemia foi descrita pela razão de sexo, pela mortalidade proporcional, pelos anos médios de vidas perdidos e pela razão de mortalidade padronizada. Houve dados faltantes sobre escolaridade (14,14%), estado civil (7,16%), data do nascimento (0,96%), além de 1.285 registros com inconsistência no preenchimento do campo idade. Os gradientes etários de mortalidade por escolaridade para cada sexo foram considerados semelhantes, diferindo em magnitude (razão de sexo: 1,29). Os gradientes de mortalidade por estado civil para cada sexo mostraram diferenças importantes entre solteiros, casados e viúvos. Foram produzidas séries diárias de mortes, pela Covid-19 e pelas demais causas, permitindo a visualização de ondas epidêmicas. A razão de mortalidade padronizada (método direto), estratificada por faixa etária e sexo, com respectivo intervalo de confiança (95%), identificou regiões de saúde com mais óbitos que o esperado, para o padrão de mortalidade pela Covid-19 no Estado de São Paulo. Foi produzido cartograma da carga da Covid-19, combinando coeficientes de mortalidade proporcional e anos médios de vida perdidos por óbito, por município, além da razão de mortalidade padronizada, por região de saúde. Os resultados do estudo mostraram padrões epidemiológicos da mortalidade e da carga da Covid-19 e as regiões de saúde mais vulneráveis, além da contribuição para a história da pandemia.
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